-----segunda-feira, julho 14, 2003 | 0
Por um instante
neblinas e nuvens desse céu
cinza - avermelhado
(como se fosse névoa
sobre vulcão em chamas)
dão trégua e permitem-me
ver, ainda que brevemente,
a docura da Lua cheia.
Sua beleza, que é, para mim, absoluta,
parecia-me ainda maior,
devido ao tempo que passou
sem que eu tivesse a chance de vê-la.
Olhei-a e a admirei como dantes e como sempre,
tocado (como dantes e como sempre)
pela pureza de sua clara luz,
pela perfeição de seus traços.
Instantes, porém, passam rápido e duram pouco...
e logo dela me despedia,
e as nuvens voltavam a cobri-la...
Sei bem que ela ainda está lá,
apesar de não ter seu brilho em meus olhos,
e que sempre estará lá...
Assim como eu sempre estarei aqui,
para adimirá-la e confortá-la,
nesta época de poucos românticos e vagos sonhadores...
Foi bom te ver, novamente,
depois de dias de tempo encoberto,
ainda que por pouco tempo...
Estarei aguardando nosso próximo encontro,
Lua.
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