-----segunda-feira, maio 05, 2003 | 0
Hum, voltando às minhas poesias...
Essa não ficou lá aquelas coisas, mas tá legalzinha...
Bato as asas, prateadas
na noite escura
e escuto as melodias cantadas
pela voz mais pura.
A canção de dor e esperança
da natureza
e, sendo sua criança,
encho-me de tristeza.
Vejo do alto todos os crimes
mas não posso impedi-los;
as barreiras que nos separam são firmes,
desde quando o mundo foi dividido.
Quando a cobiça surgiu na Terra
e os homens quiseram controlar a magia
criaram-se dois mundo e uma nova era
e no deles o mágico não mais existia.
Alguns ainda se lembram
das histórias, dos seres encantados,
mas são poucos que não esqueceram
de suas origens, e para que estão destinados.
E não cabe a mim lembra-los.
A canção que escuto, porém,
por seus ouvidos não é mais captada,
e não é sabida por mais ninguém.
Coitados, nem imagino como é viver sem ela...
Só sei que, sem escutar,
esquecem quem os gerou,
e ferem-na, sem pensar,
sem sofrer, nada ficou
do antigo amor que sentiam.
Bato as asas,
torcendo para que alguém me veja
e relembre.
Mas, tão cegos que são,
os poucos que vêem não acreditam!
Não vejo como avisar
do suicidio coletivo a que estão rumando...
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