Paro para pensar na vida.
Pensar em que?
Em que vida?
Minha vida é caderno vazio.
Que posso eu contar dela?
Fui um ninguém,
que se dava bem com fórmulas e números
e resolveu fazer física,
que tem paixões sem sentido,
que ama sem ser correspondido.
Não tenho histórias para contar,
segredos para esconder,
fatos marcantes para lembrar
(apesar dos amigos que para sempre lembrarei),
vergonhas para esquecer.
Minha vida se resume à intenções,
idéias e esperanças.
Nada mais.
Acabou a carga da caneta divina
quando era escrito meu destino,
que em branco acabou ficando.