-----quarta-feira, dezembro 18, 2002 | 0
Escuto música clássica
como que fugindo do habitual
de pop-rocks nacionais no toca-cd,
e funks, pagodes, sertanejos (argh!) na TV.
Leio romances e fantasias
incorporando personagens mitológicos
num teatro apenas mental,
como que fugindo do habitual
de uma vida pacata e normal,
e de guerras, morte, miséria.
Fujo de tudos e de todos,
para um destino nada conhecido por mim:
Eu mesmo.
E em mim acho tudo aquilo de que fugi,
seja na dó, no desejo que não existisse,
na indagação de porque é assim, e não muda.
Pois, mesmo fugindo da vida,
vivo,
faço parte de um mundo,
que por meio de meus sentidos e mente
faz parte de mim.
Não quero mais fugir
pois cansei de correr em vão,
me encontrando sem me achar.
Quero me achar sem me encontrar,
sem fugir, em qualquer lugar,
quero entender só um pouco mais sobre mim.
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