-----segunda-feira, janeiro 31, 2005 | 0
(Escrito em viagem, com toques finais dados hoje)
Brisa salgada do mar,
choro das ondas estapeadas
e de olhos feridos por areias infindas,
disfarça a marca da saudade
que quer se mostrar em minha face.
Que o cinza do céu não esconda
os raios de luz da dourada moeda,
ainda que, em forma, dela me recorde,
mas me afasta da névoa de solidão.
E a noite ainda obrigado sou a ter
visão da clara trilha de luz na água,
que adoraria com ela compartilhar,
caminho ao horizonte, ainda que falso,
pois, sem poder ver o astro puro,
enganado sou por luz costeira.
E na ampulheta, o mesmo carrasco
que faz o grande azul chorar
também nos sentencia e pune,
com sua vagareza e longo fluir.
Quando verei aquele rosto lindo
que sempre me faz sorrir?
Aqueles olhinhos brilhantes
que sempre me tocam?
Quero ir pra casa.
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