-----sexta-feira, agosto 08, 2003 | 0
Entre realidade e sonho,
perco-me na penumbra que os separa.
É alguém digna de sonho que vira real,
é chance real que se torna sonho.
Não sei mais se estou desperto ou dormindo,
meus olhos estão sempre fechados.
E na escuridão dos olhos fechados,
imagino a lua, brilhando ao fundo,
num rosto conhecido, claro e puro, de anjo caído,
que não se acostumou a viver sem as asas...
Desejos e devaneios, memórias e pesadelos,
não sei mais se devo acreditar...
Não sei mais em que acreditar...
Que é isto que sinto escorrendo por minha face?
Lágrimas?
Não, é água da chuva sagrada que cai sobre
o bom selvagem, o herói anti-social,
no bosque em que enfrento meu maior desafio.
Um dragão?
Não, um espelho...
Vamos ambos ao chão, eu e meu adversário,
e o sonho se desfaz... e só eu estou caído...
e meu rosto continua molhado...
O tesouro pelo qual lutava, no sonho,
me parece agora tão distante,
pertencente a outro mundo...
Mas meu peito ainda dói com o impacto da lança.
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