-----quinta-feira, julho 03, 2003 | 0
Astronomia
Tocar o tecido negro felpudo do céu,
segurar as estrelas em minhas mãos,
viajar na cauda de um cometa.
Sonhos meus de criança,
destruídos pela ciência.
Pois diz-me ela
que sem fronteiras é o universo,
que estrelas são mais que pérolas reluzentes,
que a cauda de um cometa é gás e vapor.
Mas esta mesma ciência,
que quer algo do céu
além da simples admiração de sua beleza,
deu-me toque mais suave que o veludo noturno,
beleza maior que de qualquer objeto que pode ser possuído,
asas grandes e leves para voar livre sem tirar os pés do chão.
É graças a ela que te conheci,
e por isso nunca mais me queixarei dos sonhos que ela me tirou.
Pois ela, ciência mais antiga,
do primeiro homem que olhou para o alto,
deu-me um maior e mais gostoso sonho,
um que se tornou real.
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