Ah, lua,
como queria que os tempos escuros de nossas vidas
passassem tão rapidamente como passas
de lua nova a lua crescente...
Que da escuridão logo surgisse uma pontinha de luz
que nos contaminasse por inteiro e nos devolvesse a alegria
de dias passados e de dias vindouros...

Mas, ao contrário de ti, cuja luminosidade máxima persiste por tão pouco,
que em nossas vidas ela possa persistir por tempos,
e por tempos e dias possamos sentar calmamente num banco, em frente a um lago,
para observar-te encher o céu e a água com teu brilho,
sabendo que, caso venha a minguar um dia,
logo voltará a dar seu espetáculo natural.

E, mais importante, que, não importando a fase que esteja,
que seja sempre bela a todos,
e que tenha sempre quem a ame,
assim como sempre há quem te ame, lua.