-----quinta-feira, maio 29, 2003 | 0
Não sou eu quem fica ao teu lado
segurando tua mão num filme no cinema;
não sou eu quem enxuga tuas lágrimas
quando tens algum problema.
Não sou eu quem vê-te todo dia
e sabe, todo dia, como estás;
não sou eu quem já viu-te dormindo
conhecendo com que cara acordarás.
Não sou eu quem conversa contigo ao telefone
e escuta tua vóz e conhece-te bem;
não sou eu quem conta-te piadas engraçadas
escutando seu riso e rindo, também.
Não sou eu quem faz parte de tua vida,
e sim minhas palavras, o que escrevo.
E, sem ver-te, não sei o que fazer,
nem mesmo como desculpar-me como devo.
Eu, que não fui e não sou,
não posso querer nada de ti.
Distante e volatil,
não posso tirar-te o certo daí.
Vá, vá para tua vida e para teu mundo,
tuas alegrias, tuas brincadeiras.
Que eu sempre estarei aqui, no meu mundo,
para receber-te em tuas tristezas.
Duas coisas, porém, quero pela eternidade:
esperança, e tua amizade.
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