-----terça-feira, março 25, 2003 | 0
Vejo-te tão pouco que,
quando te encontro,
os olhos não posso tirar de ti.
Sigo-te constantemente,
câmera indiscreta,
para ver tudo o que fazes.
Adiro-te, idolatro-te.
Observo-te tanto que me perco
no meio dum bosque de lendas;
vejo-te dançando,
rodopiando entre as árvores
ao vento e música de harpa e flauta,
as vestes vermelhas a balançar com teu corpo,
sorrindo, cantando e despejando flores ao redor.
Observo-te tanto que me afogo,
por entre o verde mar de teus olhos,
náufrago de esperanças.
Salvo sou durante a noite,
sob branca pálida luz,
entrando a bordo da nau celeste,
o Crescente deitado como Barco de Cristal.
E com ele viajo por todo universo,
vôo até longínquas estrelas
sem nunca sair de perto de teu coração.
Há um mundo novo a ser descoberto
em cada ponto de teu ser.
Em mim há um só mundo,
de certo modo muito simples,
porém belo e profundo.
Há, para mim, só a tua pessoa,
e nada mais
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