-----sexta-feira, março 07, 2003 | 0
Uma floresta tenebrosa, escura, fechada,
e eu, perdido, precisava de ajuda.
Sozinho, escuridão e medo acabavam comigo
(até hoje arrepio-me quando o digo).
Passava sede, fome e frio,
e nem sinal havia do rio
que me fora indicado chegar.
Justo eu,covarde e fraco,
sem nem de provisões um mísero saco.
Quase desistira, mas tinha ainda fina esperança,
que era de um banquete a lembrança.
Aquilo era, porém, demais para mim,
e já me acostumara com a idéia de fim.
Desmaiei.
Quando, por conta me dei
que vivo ainda estava
rapidamente me levantei
encontrando alguém que me observava.
Não sei por quanto tempo trocamos olhares
de intensidade nunca vista nos 7 mares,
teus olhos me inundavam num verde oceano,
lágrimas caíram no lençol branco pano.
Não sei por qual magia ou ritual,
mas o silêncio em sua casa era sobrenatural;
falar eu não ousava
e a voz dela só ouvia quando cantava;
nem por isso deixávamos de conversar
apesar de como não saber explicar;
era como ler um livro com a mente,
entendíamos-nos perfeitamente.
CONTINUA....
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