-----quarta-feira, março 12, 2003 | 0
Sou um filho da noite.
Batizado por estrelas.
É só quando em seu frio colo
que me sinto à vontade
para pensar e escrever,
pois sei que tenho a sua proteção.
Cria das trevas,
quando o dourado observador se põe
é que posso mostrar-me
exponho-me pois não podem me ver nitidamente.
Lobisomem, sob a Lua sou outro,
poeta, druida, bardo,
lobo.
Uivo e idolatro a branca rainha
com sua coroa de pura luz
e seu negro manto de escuridão
que, por entre bordados de 5 pontas,
nos permite ver brilhos de sua palidez.
É quando o holofote amarelo se apaga
e as pequenas tochas da cidade e do céu se acendem
num ritual explêndido para sua recepção
que também se acende o fogo de meu espírito.
As trevas são infinitas e eternas,
no universo e na minha vida.
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