-----quinta-feira, janeiro 23, 2003 | 0
Me acusara, a um tempo,
de que esqueceria-te facilmente.
No entanto és tu quem me evita.
Disseras que não haviam mais cavalheiros,
e, por todas as minhas confianças e esforços,
tentei mostrar-te que sim, eles existem.
E são os que mais são rejeitados.
E são os que mais sofrem.
E são os que mais persistem.
Eu tento ser um deles.
Talvez já o seja,
pois já sofro, já sou rejeitado, já sou persistente.
Algumas vezes gostaria mesmo de não o ser,
e esquecer facilmente das coisas.
Não sofreria tanto.
Mas não, não esqueço.
E és tu, quem duvidou de minha existencia,
que agora me evitas.
Perdoa-me por ser o que sou.
Perdoa-me por fazer o que faço, por ter feito o que fiz.
Perdoa-me por tentar ser
aquele que todas dizem querer
mas que ninguém de verdade quer.
Esse não é meu tempo.
Essa não é minha época.
Essa não é minha vida.
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