-----quarta-feira, agosto 07, 2002 | 0
Ó riacho doce que desagua em meu peito.
Cristalino, puro, quieto, tímido, sereno,
belo límpido, és tu quem me alimentas,
e essa pobre alma sustentas.
É por ti que loucuras tenho feito,
loucura minha que supera a lucidez de qualquer terreno.
Onde quer que eu vá,
no Brasil do sul ao norte,
espero que estejas lá,
para que eu não encontre a morte.
Queira a Fortuna que estejas sempre cá,
ao meu lado, sempre forte.
E as flores que ao teu leito brotam, que cheirosas são!
Nada poderia estragar tamanha beleza
comparável apenas a da natureza
e rara como esta, nesse chão.
Até as lamúrias e a aparente tristeza
que a chuva pode trazer
não consegue achar fraqueza
neste ser,
pois sabemos, a chuva é passageira,
chega, sorrateira, escurece,
relampeja, despeja, ligeira,
e logo desaparece
e acaba por inundá-la de luz.
Só não acabes pela chuva transbordando
quando ela vier muito forte;
acredita, tu terás sorte.
Após a tempestade,
chegará com certeza a bonança,
é só ter boa vontade
e esperança
que a tristeza se vai rapidamente.
Viu, ela já se foi.
Veja agora um nascer do dia,
um raiar do sol, claridade do céu,
cheio de brilho, ternura, alegria,
vistos em teus olhos de mel.
E o reflexo da lua,
quando se encontra em brilho total
iluminando palidamente a face tua
deixando-te sensacional.
E os peixes, veja então!
De todos os tamanhos e cores,
onde peixinho e tubarão
convivem em paz, sem dores.
E são tantas outras qualidades
que fazem parte desse paraíso
que num momento
surge em teu riso
que deixa-me impossível de o descrever.
Mas quantas maravilhas
esse riacho pode ter.
0 comentários:
Postar um comentário