-----terça-feira, agosto 20, 2002 | 0
O Vôo
Assim como nos sonhos de Shakespere,
meus sonhos se tornaram realidade.
Tudo o que eu já tinha imaginado
reproduziu-se com fidelidade.
Mãos que se tocam, carícias.
Lábios que se sentem, beijos.
Delírios e desequilíbrio, paixão.
Os sentidos só mentem.
Com que suavidade me lembro
de como me senti naquele momento.
Sua tez suave como o vento.
As asas do amor
finalmente me escolheram.
Me carregaram por milhas e milhas,
me mostraram o paraíso.
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A queda
Mas, como se descobrissem
que haviam feito má escolha,
me soltaram das alturas.
Volto para onde saí,
agora ferido da queda,
mas conhecedor de como é voar,
dos seus encantos e riscos.
Não me arrisco, porém,
a dizer que conheço o que é amar.
Talvez tenha sido loucura,
o ar rarefeito da altura.
Os ferimentos se fecham.
As lembranças ficam guardadas.
Amnésia, causada pela queda, talvez.
Mas, depois de conhecer o céu,
quem quer ficar na terra?
Espero voar em breve.
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